O assessor do Ministério das Relações Exteriores Antonio Aguiar Patriota afirmou nesta quarta-feira que o Brasil está trabalhando pela aprovação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) em 2005, mas que seria uma “Alca light”, acrescentando que o chanceler Celso Amorim não gosta do termo, mas ele acredita ser bem pertinente no momento.
Segundo ele, a "Alca light" baseia-se em três pontos fundamentais reivindicados pelo Brasil e que tornam o acordo possível. O primeiro, seria o acesso a mercados de bens e, de forma limitada, de serviços e investimentos. O tema, afirmou Patriota, seria tratado em uma negociação quatro-mais-um entre o Mercosul e os EUA.
O segundo ponto, o processo da Alca propriamente dito, seria focalizado em soluções de controvérsias, tratamento especial diferenciado para países em desenvolvimento, fundos de compensação, regras fitossanitárias e facilitação de comércio.
Em terceiro, Patriota citou os temas mais sensíveis (propriedade intelectual, serviços - principalmente saúde e educação -, investimentos e compras governamentais). Segundo ele, a discussão desses temas seria transferida para o âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC).
- Os americanos foram muito receptivos a essa proposta, que pode gerar acessos a mercados regionais diferenciados e propiciar acordos bilaterais – disse.
Aguiar está representando o embaixador Celso Amorim na 55ª reunião da SBPC, em Recife.
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