O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, disse sexta feira 18/07 que o relatório sobre a reforma da Previdência está de acordo com a negociação que o governo fez com as lideranças do Congresso, depois de ouvir setores da sociedade e dialogar com os governadores. "Os governadores tinham, num primeiro momento, posição favorável ao projeto original, mas compreenderam a importância das mudanças que estão acontecendo, com exceção da paridade dos reajustes. Para este assunto, há solicitação de um debate maior durante a tramitação na Comissão de Mérito", destacou Rigotto.
De acordo com o governador, não se pode falar em paridade ou em integralidade isoladamente. Na sua opinião, a integralidade e a paridade garantidas aos atuais servidores terão que ser acompanhadas, no futuro, por outras modificações no tempo de serviço, na idade, no tempo de contribuição e na permanência no cargo, para não comprometer o objetivo da reforma.
"A proposta do governo federal não compromete aquilo que buscamos, que é reverter o crescente déficit da Previdência", disse Germano Rigotto. Para ele, a única questão que merece debate um pouco maior é a paridade dos atuais servidores. A integralidade para os atuais servidores, com as modificações que acompanham a proposta, não cria problema algum para os estados. "Pelo contrário, num primeiro momento pode ser melhor do que a proposta original", ressaltou.
Com relação à Previdência do Rio Grande do Sul, o governador observou que o estado tem um déficit de R$ 200 milhões por mês e em torno de R$ 2,6 bilhões ao ano. "Estamos com 50% dos funcionários em atividade e 50% deles são inativos ou pensionistas. Esta situação foi criada porque, ao longo do tempo, não se enfrentou o problema estrutural da Previdência pública. Assim, ele foi se agravando, sem ser detido", concluiu.
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