Cleuza Repulho, PT, secretária de educação de São Bernardo deverá se encontrar com os 28 vereadores do município, nos próximos 15 dias, para tentar explicar as denúncias que rondam sua gestão. Cleuza teve, inclusive, sua prisão preventiva pedida pelo MP com base nas investigações realizadas pelo GAECO ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Tião Mateus, PT, presidente da Câmara Municipal foi quem informou sobre a ida de Cleuza à Casa de Leis.
Sabe-se que para evitar tumulto, Cleuza deverá enfrentar somente os vereadores, sem platéia, no plenário da Câmara Municipal.
Próximo de conseguir a convocação de sua ida para prestar esclarecimentos, o governo Marinho decidiu liberar a ida da secretária de forma expontânea, minimizando o desgaste político.
A bancada de oposição quer adotar formato de debate, com perguntas, respostas e réplicas para o encontro, enquanto que os petistas e apoiadores de Marinho, PT, entendem que Cleuza tem de apenas comentar questionamentos previamente feitos.
Ação penal foi aberta pela Justiça, a pedido do Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, após investigação das licitações para compra de tênis e mochilas à rede municipal em 2009. O MP apontou desvio de pelo menos R$ 4 milhões por causa de atuação de cartel e superfaturamento. Além de Cleuza, outras 19 pessoas foram denunciadas, entre elas três procuradores municipais e Sérgio Moreira, ex-consultor técnico da Secretaria de Educação e braço-direito de Cleuza.
Pedido de afastamento da secretária da pasta
Somente 8 assinaturas estavam presentes no documento que solicitava o afastamento de Cleuza da secretaria de educação de São Bernardo. Até mesmo o vereador Minami que estava sempre relutante ao caso assinou o requerimento, enquanto que o governista José Alves da Silva, o Índio (PR), não assinou a solicitação de saída de Cleuza da Pasta. O documento não foi aprovado pela Câmara, pois para ser aprovado, necessitava de 15 assinaturas favoráveis.