Com o mesmo discurso das últimas eleições, quando utilizaram o tema de que o PSDB queria privatizar a Petrobras, Dilma tenta reverter o quadro negativo onde está em queda constante nas pesquisas de opinião para sua reeleição.
A presidente Dilma Rousseff disse no sábado, na cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental e de batismo da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados V da Petrobras, em Uberlândia, Minas Gerais, que é "inadmissível ficar querendo vender a Petrobras ou trocando nome da Petrobras", em clara crítica à gestão da estatal durante o governo tucano de Fernando Henrique Cardoso.
Quadros petistas sempre disseram que FHC tinha planos de privatizar a Petrobras quando governo. O ex-presidente sempre negou essa versão. A segundo crítica faz referência à mudança de nome de Petrobras para Petrobrax, anunciada em 2000 pelo então presidente da companhia, Henri Philippe Reichstul, com a finalidade de internacionalizar a marca. Após críticas de diversos setores da sociedade, a mudança foi abandonada.
"Temos muito orgulho de que o "brás" seja "brás" de Brasil. Muito orgulho disso", discursou Dilma. Ela defendeu ainda a condução da empresa durante o governo petista. "O valor da Petrobras, que era, quando chegamos em 2003 ao governo, de 15,5 bilhões de dólares, ela chegou a 94 bilhões de dólares. E é isso que quero dizer aqui hoje, é porque a Petrobras investe a favor do Brasil. Ganha quem? Ganha o Brasil".
Durante o 14º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, ocorrido nesta sexta-feira, que oficializou o nome de Dilma como única pré-candidata pelo partido à Presidência da República, Dilma já havia feito críticas às privatizações, mostrando que este pode ser, novamente, um dos motes de sua campanha pouco criativa e cheia de tropeços até agora. Sem citar nomes, ela disse que seus adversários de campanha representam um passado “que colocou o Brasil de joelhos” à medida em que se “vendeu o patrimônio” nacional.