Montadoras chinesas vão investir no segmento de SUVs compactos em 2015
Da Redação com R7
Foto(s): Divulgação / Arquivo
JAC T5 estreia até meados de 2015 com motor flex e câmbio CVT
A 28ª edição do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo expôs o quanto o mercado dos SUVs compactos está na mira das montadoras. De longe, é o segmento que mais promete crescer nos próximos anos, e as quatro fabricantes chinesas com maior expressão no Brasil — Chery, Geely, JAC Motors e Lifan — revelaram modelos que prometem intensificar a competição e incomodar marcas tradicionais.
Dos utilitários exibidos no salão, o mais promissor é o JAC T5, previsto para chegar às lojas até meados de 2015. Com design moderno e muita tecnologia embarcada, o modelo terá motor 1.5 flex e câmbio automático tipo CVT (continuamente variável), configuração que deve chamar a atenção dos consumidores da categoria, que já priorizam versões automáticas na hora da compra.
A JAC Motors, por sinal, é a chinesa mais arrojada em termos de novidades para o nicho. Durante o salão, o SUV médio T6 foi exibido com preço e data de estreia definidos: chega às lojas em dezembro a partir de R$ 66.990. O modelo virá com um 2.0 flex de até 160 cv, câmbio manual de cinco marchas e recheio farto, para desafiar Hyundai ix35, Kia Sportage e outros. Com tela no painel e bancos em couro, vai a R$ 76.490.
Já a Chery vive seu melhor momento no Brasil, com vendas aquecidas e as obras da fábrica de Jacareí concluídas. Inaugurada em agosto, a unidade do interior paulista já produz as primeiras unidades dos compactos Celer (hatch e sedã), vai montar o novo QQ a partir de 2015 e pode também fabricar um SUV em 2016. Este tem tudo para ser a nova geração do Tiggo, mostrada na feira de São Paulo. O modelo usaria um 2.0 16V de 140 cv.
Também em boa fase no País, a Lifan mostrou no salão que tem ambições maiores para o mercado brasileiro. Além do utilitário X60 e do sedã 530, a marca pretende lançar o X50, crossover que parece um hatch grandão e será montado no Uruguai — para usufruir de benefícios fiscais. A montadora pretende começar a vender o modelo até o fim de 2015. O X50 usa a mesma plataforma e motorização do sedã 530, um 1.5 a gasolina de 103 cv.
Das chinesas, a única que ainda está iniciando suas operações no Brasil é a Geely Motors, atual proprietária da sueca Volvo. A marca já comercializa o compacto GC2 — o "panda" — e o sedã médio EC7, e para marcar presença no disputado mercado de SUVs, pretende trazer o EX7, com motor 1.8 a gasolina de quatro cilindros e 139 cv. O utilitário chega em 2015 e deve ser produzido no Uruguai, dentro da zona de livre comércio do Mercosul.
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Chineses tentam fincar raízes
Em queda nas vendas nos últimos anos, os veículos chineses deixaram de ter uma relação custo/benefício agressiva desde o lançamento do programa Inovar Auto, que sobretaxou os importados com o "super IPI". Ao mesmo tempo, as fabricantes tradicionais lançaram compactos mais modernos e bem equipados. E esse movimento praticamente forçou as marcas orientais a investirem em fábricas e centros de desenvolvimento locais.
Neste cenário de adaptação, houve uma debandada de marcas cujos negócios previam investimentos mais modestos — casos de BYD e Haima. Assim, ficou evidente nesta edição 2014 do Salão de São Paulo que apenas Chery, Geely, JAC e Lifan deverão expandir suas redes de concessionários e as linha de produtos, com destaque para Chery e JAC, que terão fábricas operando no País a partir de 2015.
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