
Após ser dispensado pelo Palmeiras, Wesley será jogador do São Paulo a partir de 2015. O acordo, que começou a ser costurado em abril deste ano, foi sacramentado nos últimos dias. No entanto, o reforço chegará sem ser unanimidade. A reportagem apurou que uma ala da diretoria tentou voltar atrás e desmanchar o negócio: em vão. O jogador acabou assinando por três anos.
A contratação de Wesley divide o São Paulo até hoje e acabou virando um jogo de empurra-empurra no clube. À favor da vinda são Muricy Ramalho e o restante da comissão técnica, que o indicaram, e Carlos Miguel Aidar. O motivo do presidente, segundo pessoas do São Paulo, é curioso: a chegada dele representa mais um golpe no desafeto Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, que perdeu Alan Kardec para o rival na primeira contratação da gestão Aidar.
Para outra parte da cúpula, porém, o clube teria opções melhores para se reforçar visando a temporada 2015, em que voltará a disputar a Copa Libertadores. Essas pessoas tentaram convencer Aidar a desistir do negócio.
Publicamente, nenhum dirigente do São Paulo confirma a contratação de Wesley. Pelo contrário. O assunto, sempre que vem à tona, gera desconforto. O vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, não esconde a insatisfação toda vez em que é perguntado sobre Wesley. Diz, inclusive, que nunca negociou com ele. O gerente-executivo Gustavo Oliveira também não fala sobre contratações.
Wesley tem 27 anos de idade e seu contrato com o Palmeiras chega ao fim em fevereiro de 2015. Por isso, o jogador já podia assinar pré-contrato com outro clube. O São Paulo, portanto, não vai pagar pela transferência, comprometendo-se com os salários e as luvas para o jogador.
Por ser versátil, já que atua como segundo volante, meia e até como lateral direito, Wesley se encaixa no perfil procurado pela diretoria e pela comissão técnica do Tricolor para a montagem do elenco do próximo ano.