O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, disse nesta quinta-feira que a eleição presidencial deste ano é "página virada" para a Justiça Eleitoral e que "não há espaço para um terceiro turno".
As declarações de Toffoli, durante a cerimônia de diplomação da presidente Dilma Rousseff, reeleita em outubro, foram feitas pouco depois de o PSDB entrar com um pedido no TSE pela cassação do registro de Dilma por abuso de poder político e econômico.
O principal partido de oposição também pediu a diplomação do candidato tucano Aécio Neves, derrotado no segundo turno das eleições, como presidente.
Ministro Dias Tóffoli
Natural de Marília, no interior paulista, Tóffoli chegou à presidência do órgão máximo da justiça eleitoral, TSE, após uma longa trajetória como advogado, em que teve como um dos principais clientes o Partido dos Trabalhadores.
Durante o governo Lula ocupou o cargo de Advogado Geral da União (AGU). No mesmo governo foi indicado para o STF, onde, em 2012, participou do julgamento da Ação Penal 470 que julgou os envolvidos no escândalo do mensalão.
Tóffoli sempre foi criticado por ter sido advogado do PT, por sua ligação com o ex-deputado José Dirceu, condenado no processo do mensalão, e por haver defendido, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Lula em três campanhas eleitorais – 1998, 2002 e 2006. Consta ainda em seu histórico que foi reprovado em dois concursos para a magistratura - primeira instância - (em 1994 e 1995) e por não ter diploma de mestrado. Por fim, é citada ainda a condição de defensor dos interesses do governo na Advocacia-Geral da União.
Durante o julgamento do processo do mensalão, Tóffoli posicionou-se de forma dúbia para muitos juristas.