O acordo automotivo que prevê a renovação da frota de veículos deverá entrar em vigor ainda este ano. De acordo com o ministro do Planejamento, Guido Mantega, o grupo executivo que discutiu o assunto já propôs ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior a execução do projeto. "Este acordo tem eventualmente alguns detalhes jurídicos e tributários e assim que isso tiver sido solucionado pode ser posto em prática", disse Mantega, acrescentando que não existe restrição por parte do Ministério da Fazenda sobre o acordo.
"É uma questão de governo, não é uma questão de ministério", disse o ministro, lembrando
que o assunto está sendo discutido em conjunto com os Ministérios do Desenvolvimento, do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil.
Segundo Mantega, tanto consumidores quanto montadoras terão benefícios. Para os consumidores é preciso baratear ainda mais o crédito para a compra de automóvel. Com relação às montadoras ele informou que está sendo discutida a redução de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) e ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Mantega informou que o governo não sai perdendo porque o setor automotivo tem um efeito multiplicador, e com o acordo o ganho está na maior quantidade de vendas e na geração de empregos. O fato de as montadoras terem suspendido as demissões demonstra o preparo para o aumento da demanda que virá com este acordo, justificou.
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