Reflexo da queda de 0,5 ponto na taxa básica Selic, que reforçou a expectativa de tendência de queda do juro futuro, a taxa cobrada pelos bancos sobre serviços a pessoas físicas caiu 2,3 pontos percentuais em junho, para 81,4% anuais. Para as linhas do cheque especial, entretanto, a queda foi de apenas de 0,6 ponto, registrando média de 177,0% ao ano.
Os dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira apontam que a redução foi consequência da queda de custos para os bancos, que reagiram cortando ligeiramente a margem ou o spread bancário - a diferença entre o custo de captação e o retorno da aplicação.
A queda no spread geral para pessoas físicas foi de 1,5 ponto em relação ao mês anterior, ficando em 58,5% anuais. No caso do cheque especial, porém, o ganho dos bancos ainda é de 153%, praticamente inalterado em relação ao spread de 153,3% de maio.
- A queda foi resultado do corte de margem que os bancos fizeram. É de se esperar queda ainda maior, a se confirmar a tendência da redução dos juros - disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.
O BC ainda não tem dados de julho que possam confirmar o repasse geral da queda da Selic para o tomador final na rede bancária, disse ele.
Em relação a junho houve queda de 1,5 ponto no custo médio do crédito pessoal, que ficou em 96,6% anuais. Para o financiamento a veículos a redução foi de 2,5 pontos percentuais, média de 45,1% ao ano.
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