O preço do gás de cozinha poderá cair até 6% para o consumidor caso o governo decida permitir que o engarrafamento seja feito por qualquer uma das distribuidoras ou revendedoras. A estimativa foi feita pelo consultor jurídico da Associação Nacional dos Distribuidores de GLP-Gás Liqüefeito de Petróleo (Angás), Jarbas Machioni.
Os representantes da entidade estiveram reunidos com a secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Maria das Graças Foster. Atualmente, depois de recolher os botijões de gás nas casas dos consumidores, as empresas são obrigadas a destrocá-los. E somente podem engarrafar o GLP as empresas que têm a marca dos botijões. Segundo a Angás, isto eleva muito o custo dos fornecedores, já que existem no país cerca de 80 milhões de botijões.
A associação rebate o argumento de que esta exigência foi feita para garantir a segurança dos consumidores. Machioni destacou que existe um selo, testado pelo Corpo de Bombeiros, que garante a procedência do produto. Para ele, a questão é colocada pelo Sindigás, que reúne as grandes distribuidoras de gás de cozinha. Ele disse que o Sindigás detêm 96% do mercado, enquanto a Angás, somente 4%.
O governo deve publicar nas próximas semanas portaria para consulta pública com as novas regras de distribuição e revenda do GLP. O objetivo do governo é aumentar a competição no setor e permitir que com isso o preço para o consumidor caia.
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