Desde o dia 10 de fevereiro, as escolas de São Bernardo recebem os 75 mil alunos da Rede Municipal de Ensino, que conta com 142 unidades escolares na cidade. A volta às aulas mobiliza três mil professores para atender o ensino infantil, o fundamental de 1ª à 4ª série, o especial e o de jovens e adultos. “Estamos investindo na qualidade do ensino e na construção de novas escolas para atender cada vez melhor às crianças da cidade”, disse o prefeito em exercício de São Bernardo, William Dib.
Nos últimos seis anos a administração entregou 19 escolas. Este ano, está construindo mais 12 unidades escolares, das quais oito serão entregues até o final de abril, abrindo 9.310 novas vagas. Outras 1.500 serão abertas com a municipalização de mais três escolas em 2003.
Existe uma orientação da Prefeitura Municipal em construir as escolas municipais próximas às unidades estaduais. Assim, elas absorvem os alunos da 1ª à 4ª série permitindo a abertura de novas vagas no Estado, da 5ª à 8ª, e do ensino médio.
A fim de atender a demanda da Educação Especial e às crianças de zero a três anos, a Prefeitura está buscando alternativas e novos investimentos. Não há mais fila de espera para as crianças portadoras de necessidades especiais.
Além de 3 mil deficientes atendidos nas seis Escolas Municipais de Educação Especial (EMEBEs), nos Centros de Vivência e Pesquisa (CEVIPES) I e II e no Centro Integrarte, de arte e educação, se houver procura por vagas, a Secretaria de Educação concederá bolsas de estudos em escolas particulares.
A Secretaria quer aumentar em mil crianças o atendimento na faixa etária de 0 a 3 anos e assinará convênios com entidades assistenciais, transferindo recursos per capita (certa quantia por aluno). Segundo o secretário Admir Ferro, a ampliação do ensino infantil, não é um problema isolado de São Bernardo. “Proporcionalmente ao número de habitantes, somos o terceiro município do Estado de São Paulo que mais atende a educação infantil. Ficamos atrás somente da Capital e da cidade de Campinas.
Para Admir, as cidades conseguirão solucionar a demanda do ensino infantil quando houver flexibilidade da legislação atual, que estabeleceu a distribuição dos recursos da educação no Município em 60% para o Fundamental e 40% para o Ensino Infantil.
Por intermédio de um movimento organizado pela União do Dirigentes Municipais (UNDIME) está se buscando mudar essa realidade junto ao Governo Federal. “ Deverá haver uma inversão na porcentagem dos recursos aos Municípios que possuam um atendimento de qualidade à rede de ensino fundamental. Com isso, poderemos zerar a demanda na rede Infantil”, disse Admir.
O secretário explica que nos bairros da região central da cidade não faltam vagas para a educação infantil, porém, nos bairros mais periféricos a demanda não é atendida, devido ao crescimento populacional. Um dos investimentos para 2003, será a construção de uma escola de Educação Infantil no Jardim Laura, região do Alvarenga com 500 vagas, para crianças de 4 a 6 anos.
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