O dólar chegou a ser cotado a R$ 4,17 nesta quinta-feira (21), em reação à decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada a 14,25% |
O dólar chegou a ser cotado a R$ 4,17 nesta quinta-feira (21), em reação à decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros, a Selic, inalterada a 14,25%. A moeda norte-americana encerrou o pregão a R$ 4,16, o maior patamar desde o Plano Real.
O dólar à vista, referência do mercado financeiro, fechou em alta de 0,60%, a R$ 4,147. O comercial, usado para comércio exterior, valorizou 1,5% e encerrou o dia em R$ 4,166, após passar por R$ 4,17 às 9h30 da manhã. A decisão do BC, anunciada ontem (20) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), pegou os investidores de surpresa, os quais esperavam uma alta de 0,5 ponto percentual na Selic.
O anúncio do Copom colocou em dúvida a credibilidade do BC, em um cenário de alta de inflação. Juros menos altos deixam de atrair capitais financeiros para o país, pressionando para cima ainda mais a cotação do dólar. Foi a terceira alta seguida do dólar nesta semana, marcada por falhas de comunicação do Copom e do BC, o que assustou os investidores. Somente em janeiro, o dólar acumula alta de 5,31%. Em um ano, a moeda já subiu 60,4%.
Europa
Nesta quinta-feira (21), o presidente do Banco Central Europeu (BCE), o italiano Mario Draghi, anunciou também a manutenção da taxa básica de juros da zona do euro no mínimo histórico de 0,05%. Isso acalmou os mercados e fez as ações de instituições financeiras, principalmente dos bancos italianos, voltarem a subir.
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