Presidente do IBS condena Estados Unidos por quebra de regras no comércio do aço

 

Economia - 13/08/2003 - 19:52:49

 

Presidente do IBS condena Estados Unidos por quebra de regras no comércio do aço

 

Da Redação com Abr

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O Brasil não pode aceitar a quebra de regras do comércio internacional, garantiu o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), José Armando de Figueiredo Campos, referindo-se ao recurso impetrado pelos Estados Unidos contra a decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) que considerou uma violação das regras do comércio mundial as tarifas impostas por aquele país no ano passado para limitar a importação de aço. José Armando disse que a medida não foi benéfica para ninguém. “Se a gente admitir que um país que tem um mercado mais ativo, é forte na economia, pode contrariar regras do comércio internacional e impor salvaguardas sem a comprovação dos danos, como aconteceu realmente e causou a reclamação junto à OMC, estaremos dizendo que vamos ficar à mercê dos casuísmos”, afirmou. Ele afirmou que o setor de aço brasileiro não vai aceitar essa situação, “até por uma questão de princípio”. Segundo o presidente do IBS, o Brasil tem demonstrado na siderurgia aceitar a regra do jogo de comércio livre e de competitividade. “Nós abraçamos essas teses de livre economia, livre mercado, mas, agora, admitir que, por causa do benefício eventualmente auferido, nós podemos aceitar a quebra do princípio, acho que não”, disse José Armando. O Brasil foi um dos países que reclamaram junto à OMC em relação às medidas norte-americanas. José Armando lembrou que, ao sair a decisão da OMC, em julho passado, o IBS salientou que a briga não estava ganha e havia a possibilidade de o governo norte-americano recorrer. Ele acredita que a questão só será resolvida no prazo de nove meses a um ano. Durante esse período e até que a OMC tome uma decisão, ele avaliou que as salvaguardas serão mantidas. Uma vez julgado o recurso, os países ganham o direito de retaliar ou não os Estados Unidos, o que pode funcionar sempre como uma moeda de troca, disse José Armando.

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