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Embora a geração operacional da Varig em 2003 seja positiva, ela é insuficiente para atender à dívida instalada de cerca de U$1,4 bilhão. Com base nessa premissa, o presidente do Conselho de Administração da companhia, Joaquim dos Santos, explicou que foi aprovada a instituição de um comitê executivo para dirigir a empresa, extinguindo-se, em decorrência disso, pelo menos até que se defina o processo de fusão com a TAM, o cargo de presidente.
Santos afirmou que a dívida só se resolverá por meio da capitalização com investidores, “que até agora não apareceram”, ou por intermédio de alguma alteração como a associação com a TAM, que está sendo negociada com apoio do governo e de agentes financeiros .
A Fundação Ruben Berta,controladora da holding, já havia manifestado em 2002 que aceitaria fazer uma operação de capitalização, inclusive com diluição de capital e perda de controle das empresas mas, por falta de investidores e de alternativas, chegou ao projeto de fusão do transporte aéreo.
O presidente do Conselho de Administração acredita que esse processo será concluído até o final do ano, após a eliminação de barreiras jurídicas, como a liminar concedida no Rio Grande do Sul. Sublinhou que, no momento, é preciso que todos os órgãos de gestão interna da organização estejam harmonizados e sintonizados com a diretriz estratégica do controlador, no sentido de formação de uma nova empresa aérea mais forte e mais sadia, inserida no contexto da política aeronáutica do governo.
O comitê executivo recém-criado terá sua atuação voltada para manter a normalidade das operações internas de vôo e verificar até que ponto a discussão do contrato de associação trará alguns ajustes de percurso, “ainda que eventuais fatores de risco de sucesso para essa fusão possam determinar ao longo do tempo um outro caminho que venha a solucionar os problemas da empresa”, afirmou Santos.
Acrescentou que o comitê terá uma função mais democrática nas decisões do dia-a-dia da Varig, mas contará com o apoio, o suporte e até a participação do Conselho de Administração. O modelo do comitê já vinha sendo estudado desde o ano passado por recomendação da consultoria internacional Spencer & Stuart, informou Joaquim Santos.
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