Os numeros da folha de pagamento da indústria, nos seis primeiros meses do ano, são negativos em 13 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A maior queda foi em São Paulo (-7,1%), influenciada principalmente pelas perdas assinaladas nos setores de papel e gráfica (-17,9%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-18,3%). As indústrias do Rio de Janeiro (-12,3%) e da Bahia (-9,8%) também registraram grandes quedas, em razão das reduções apresentadas pelas indústrias extrativas (-15,3%), na primeira, e de produtos químicos (-11,2%), na segunda. A única que ampliou a folha de pagamento, neste confronto, foi a região Norte de Centro-Oeste (1,6%).
No restante do País, ainda no indicador acumulado no ano, há redução na folha de pagamento dos trabalhadores de 16 dos 18 setores analisados. Na formação da taxa global, os maiores impactos negativos são em papel e gráfica (-14,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,3%) e minerais não metálicos (-16,4%). Com expansão figuram apenas os setores de alimentos e bebidas (0,5%) e de refino de petróleo e produção de álcool (1,3%).
O indicador do número de horas pagas na indústria, em junho, também recuou – 0,4%, em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais –, repetindo o movimento de queda observado em maio (-0,5%). Em comparação a junho do ano passado houve queda de 1,3%, a quarta consecutiva. O acumulado do ano (-0,5%) amplia o recuo iniciado em abril (0,1%), enquanto o indicador dos últimos 12 meses aponta uma tendência de estabilização (-0,5%). A jornada média de trabalho mostra queda de 0,7% na comparação com maio; -0,5% no acumulado do ano e -0,3% nos últimos 12 meses.
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