Palocci rebate críticas de que reforma tributária vá aumentar carga de impostos

 

Nacional - 27/08/2003 - 22:42:17

 

Palocci rebate críticas de que reforma tributária vá aumentar carga de impostos

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

 O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, rebateu ontem afirmações de que a reforma tributária proposta pelo governo aumentaria a carga de impostos. Ele disse que já existem dois documentos assinados pelo presidente e por todos os governadores garantindo que não haverá aumento da carga tributária. Palocci acrescentou que a reforma não provocará revoluções no sistema tributário, mas contribuirá para o objetivo do governo de promover melhorias na economia e na vida das pessoas. "Não é uma revolução tributária, é uma reforma, mas se você somar desoneração da exportação, fim da cumulatividade da Cofins e a redução de impostos em bens de capital, pode perguntar a qualquer empresa brasileira se ela acha isso positivo ou negativo", comentou. Ele ressaltou que esta é a primeira vez que um governo consegue aprovar a reforma. "Quando se fala em tributo, o debate é conflituoso", afirmou, acrescentando que foi por isso que em dez anos não se conseguiu aprovar uma reforma tributária. "Agora nós estamos conseguindo fazê-lo". A tarde do ministro foi marcada por encontros com economistas premiados. "Conversamos sobre política macroeconômica", disse Palocci. Primeiro, ele recebeu Pérsio Arida, Economista do Ano no Brasil. Em seguida, esteve com o Prêmio Nobel de Economia de 2001, Joseph Stiglitz, ex-vice-presidente do Banco Mundial e um dos maiores críticos das políticas fiscais recessivas impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) aos países em desenvolvimento. Em conversa com jornalistas, Stiglitz defendeu que a política macroeconômica deve ser avaliada por sua capacidade de produzir crescimento e emprego. Ele ressaltou que não critica os acordos com o fundo, mas defende o direito de cada país optar pelos critérios do acordo. "Cada país tem de avaliar quais são as melhores políticas para ele próprio. Se puder persuadir o FMI a apoiar, obviamente é uma boa coisa ter esse tipo de apoio internacional", disse. Stigliz está em Brasília para participar, esta noite, do seminário sobre estabilidade econômica e inclusão social. Amanhã o economista se reúne com membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

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