A atividade industrial paulista deve recuperar-se gradualmente no segundo semestre mas os efeitos dos altos juros e da queda da renda levarão o setor a fechar 2003 com contração de pelo menos 1,0 por cento, estima a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"Infelizmente, a indústria vai fechar o ano em queda, provavelmente da ordem de 1,0 por cento, mas podemos ter uma queda superior a 1,0 por cento", disse Clarice Messer, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp.
No ano até julho, a produção industrial em São Paulo, abatida por meses de aperto monetário e a queda do consumo provocada pela deterioração do poder de compra dos trabalhadores, acumula retração de 1,1 por cento.
Clarice acredita que, de agosto a outubro, a atividade da indústria paulista deve registrar uma melhora gradual, como geralmente ocorre por causa das encomendas para as vendas de Natal.
O efeito da redução das taxas básicas de juros desde junho também deve contribuir para aquecer o setor. Mas ela ponderou que "a queda (no ano) é irreversível".
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