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O Banco Central decidiu cortar os juros em surpreendentes 2,5 pontos percentuais ante as boas perspectivas inflacionárias --em meio a um cenário de baixo crescimento--, aliadas a uma melhora no quadro fiscal, proporcionada pelo rápido andamento das reformas.
Os comentários foram feitos na ata, divulgada nesta quinta-feira, da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), quando houve uma redução nos juros para 22 por cento ao ano.
O BC acrescentou que a fraca atividade econômica observada no primeiro semestre gerou uma capacidade ociosa, o que abre espaço para uma recuperação "balanceada, sem geração de pressões inflacionárias significativas".
A autoridade monetária disse que a recuperação será estimulada pelo afrouxamento monetário iniciado em junho, acrescentando que "o aumento dos rendimentos reais, que deverá ocorrer com a queda da inflação, será um fator importante para a sustentação da retomada da atividade".
A ata acrescentou que com uma Selic estável em 24,5 por cento e um dólar a 3 reais, a projeção do BC para a inflação de 2003 continua superior à meta do governo de 8,5 por cento.
As projeções para 2004, por outro lado, continuam apontando uma taxa abaixo da meta de 5,5 por cento.
O BC enfatizou também que a inflação de julho --de 0,20 por cento-- foi mais "uma sólida evidência de que a política monetária está sendo capaz de garantir a convergência da taxa para a trajetória das metas".
O BC informou ainda ter elevado suas projeções para os reajustes este ano da gasolina --de 0,1 para 4,9 por cento-- e dos preços administrados --de 13,1 para 14,0 por cento.
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