Câmara aprova em 2o turno reforma da Previdência

 

Nacional - 28/08/2003 - 09:45:57

 

Câmara aprova em 2o turno reforma da Previdência

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a reforma da Previdência em segundo turno de votação. Um dos projetos prioritários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o texto segue agora para o Senado. Dos 486 deputados que participaram da votação, 357 votaram a favor, enquanto 123 foram contrários. Houve 6 abstenções. Por se tratar de uma proposta de emenda constitucional, eram necessários 308 votos favoráveis para a sua aprovação. Líderes governistas procuraram repetir o discurso de que essa "é uma reforma de todos". "Não é da maioria, nem da minoria e nem de um partido. Só os que se voltaram para segmentos da minoria votaram contra", disse a jornalistas o Professor Luizinho (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara. A oposição, por sua vez, fez questão de ressaltar que sem a sua ajuda, a reforma não seria aprovada. "O governo conseguiu aprovar um projeto que não é nosso. Foi aprovado graças a uma aliança na base com o apoio de alguns companheiros da oposição, que votaram por convicção", disse o líder do PFL, José Carlos Aleluia (BA), que votou contra a matéria. SEM GRANDES MUDANÇAS O placar foi parecido ao registrado no primeiro turno, quando foram 358 votos a favor, 126 contra e 9 abstenções. Desta vez, a oposição contribuiu com 60 votos favoráveis, apenas dois a menos do que no primeiro turno. Na primeira rodada, os partidos da base governista --incluindo os nanicos e um deputado então sem partido-- deram 296 votos favoráveis à reforma e 56 contrários, além de 9 abstenções. Agora, o votos a favor somaram 297, com 58 votos contra e seis abstenções. Dos oito deputados petistas que se abstiveram na primeira rodada, seis repetiram a dose. A deputada Maninha (SC) desta vez não compareceu à votação e Walter Pinheiro (BA) se juntou aos três radicais --João Batista de Araújo, o Babá (PA), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE)-- votando contra. O PL, que já tinha sido o partido mais fiel ao governo no primeiro turno, em termos proporcionais, dessa vez viu todos os seus 39 deputados votarem a favor. O PPS foi o único outro partido governista a não ter votos contrários, mas dois de seus 19 deputados não votaram. Logo após a votação do texto básico, os deputados derrubaram os nove destaques individuais apresentados no segundo turno. O único destaque em votação separado de bancada --do PDT, partido da base governista-- não foi aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), por uma questão regimental. Ao apresentar o destaque, o PDT --que teve seis votos contrários de seus 13 deputados--, rompeu o acordo acertado entre todas as legendas após o primeiro turno de que não haveria destaques de bancada na segunda rodada da votação. Depois dos tumultos que marcaram as votações em primeiro turno da reforma, com várias negociações e a presença de servidores que vaiavam os deputados, a etapa desta quarta-feira foi relativamente tranqüila. Para ser promulgada, a reforma ainda precisa ser aprovada em duas votações no Senado, com o apoio de pelo menos 49 dos 81 senadores.

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