"Foi uma punição extremamente severa".
O desabafo foi feito há pouco, pela deputada Maria José (Maninha) (PT-DF), ao se referir à punição aplicada pela Executiva Nacional do PT aos oito deputados que se abstiveram nas votações em primeiro e segundo turno da Reforma da Previdência, que ficarão suspensos por por 60 dias. Maninha disse que não existe na história do PT uma punição desse tamanho, e lembrou que os parlamentares não tiveram direito de defesa. A deputada informou que amanhã os parlamentares punidos se reúnem para discutir a diminuição do castigo. De acordo com ela, o ato politico de se abster na votação não justifica uma punição desse tamanho.
Ela adiantou que esses parlamentares não irão sair do partido e que eles apóiam, em vários aspectos o governo que ajudaram a eleger. De acordo com a representante petista, em muitos momento o PT pode ter posições diferentes do governo, assim como o governo pode ter posições diferentes do partido, e "nem sempre haverá acordo das duas partes". A punição de 60 dias, de acordo com Maninha, é a suspensão da bancada e não do partido, isso quer dizer que "nós suspensos não podemos participar das reuniões da bancada e nem falar em nome dela. Continuamos filiados ao PT".
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