Para FBI, Al Qaeda é ameaça maior que "terrorista autônomo"

 

Internacional - 05/09/2003 - 22:15:04

 

Para FBI, Al Qaeda é ameaça maior que "terrorista autônomo"

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Os Estados Unidos enfrentam uma ameaça maior por parte de grupos como a Al Qaeda, que ainda está presente no país, do que por parte de um terrorista solitário, disse na quinta-feira uma importante autoridade do FBI. Larry Mefford, diretor-executivo-assistente para contraterrorismo e contrainteligência da polícia federal dos EUA, reconheceu que um indivíduo que não diga nada a ninguém a respeito de seus planos é difícil de ser apanhado. Segundo ele, o FBI continua se esforçando contra esse tipo de ameaça. "A maior preocupação, entretanto, são os grupos terroristas organizados, como a Al Qaeda. A Al Qaeda continua sendo nossa preocupação número um", disse ele a jornalistas na sede do órgão. "A razão para isso é que eles demonstraram que não têm inibições nem regras. Conseqüentemente, estamos preocupados que eles continuem visando aos norte-americanos," disse Mefford. Segundo ele, o FBI melhorou sua atuação nos dois anos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, mas acrescentou: "Claramente, ainda há um perigo." Ele não quis informar se o FBI já prendeu todos os militantes da Al Qaeda nos Estados Unidos que foram denunciados por Khalid Sheikh Mohammed, acusado de ser o mentor dos ataques de 2001, hoje sob custódia dos EUA. "Mantemos uma mentalidade muito aberta a esse respeito e ainda estamos procurando", afirmou. Embora a Al Qaeda tenha sido muito fragilizada, continua sendo uma ameaça, segundo Mefford. "Eles são uma organização muito flexível. Têm a capacidade de se modificar e se adaptar ao ambiente, e acho que é o que estamos vendo hoje." Sobre a presença do grupo em território norte-americano, ele afirmou: "Minha opinião é que ela é muito pequena, mas existe. Temos evidências claras disso." Ele afirmou que a maioria dos militantes da Al Qaeda nos EUA se envolve em atividades de apoio, como captação de recursos e recrutamento, mas não no planejamento de atentados. Mesmo assim, segundo Mefford, um ativista pode passar rapidamente das atividades de apoio para a violência. Segundo ele, o FBI não tem provas de que nenhum militante da Al Qaeda nos EUA tenha dado apoio direto e consciente aos seqüestradores de 11 de setembro de 2001. Ele afirmou que alguns ofereceram "cooperação benigna", como fornecer endereços ou ajudar os seqüestradores a abrirem contas bancárias.

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