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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Embraer anunciaram nesta sexta-feira que estão "em entendimentos avançados" para estruturar um financiamento para exportação de aviões em 2003 no valor de 1 bilhão de dólares.
"As conversações em curso estão sendo feitas com base nos acordos internacionais em vigor. O êxito desta parceria entre BNDES e Embraer permitirá a retomada da contratação de novas operações de financiamento após um hiato de mais de dois anos", informaram as partes em comunicado conjunto.
Ainda não há previsão de quando a operação será concluída.
Desde o início do ano, com a mudança de governo e de comando no BNDES, sob presidência de Carlos Lessa, a relação entre a fabricante de aviões e o banco de fomento estava conturbada.
Lessa --que recentemente foi afastado das funções burocráticas da instituição-- afirmou repetidas vezes que a Embraer precisava procurar fontes alternativas de recursos para financiar suas vendas ao mercado externo.
Nesta sexta-feira, houve reunião entre a diretoria do BNDES e representantes da Embraer, no Rio de Janeiro, sem a presença de Lessa. O anúncio do estágio avançado das negociações foi feito imediatamente após a reunião, segundo assessoria de imprensa do banco.
De 1995 para cá, o BNDES financiou cerca de metade dos 12 bilhões de dólares em vendas ao exterior da Embraer.
Em meados de julho, a empresa enviou carta consulta ao BNDES para o financiamento de uma encomenda de 85 jatos da companhia aérea US Airways, dos EUA, 30 deles com estruturação financeira pela GE Capital Aviation Services (Gecas), unidade da General Electric.
Na ocasião, o vice-presidente da Embraer Frederico Curado havia dito que a empresa tinha "oportunidades" de fechar três acordos totalizando 1,5 bilhão de dólares de outras 24 aeronaves para a US Airways, de 15 aviões para a também norte-americana Republic Airways e para a ExpressJet.
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