Uma desesperada Jacqueline Kennedy falou várias vezes em suicídio nos meses após o assassinato de seu marido, segundo um novo livro sobre a família Kennedy.
"É tão difícil de suportar", ela disse ao padre Richard McSorley, cerca de cinco meses depois que o presidente norte-americano John F. Kennedy foi morto a tiros em Dallas, em novembro de 1963.
"Às vezes eu me sinto como se estivesse perdendo o juízo, Deus não entenderia se eu apenas quisesse ficar com ele?".
Sua conversa franca sobre suicídio com um jesuíta professor de Teologia da Universidade Gergetown foi revelada no livro de Thomas Maier, "The Kennedys: America's Emerald Kings", que teve trechos publicados na revista Redbook, em sua edição de outubro.
O livro de 600 páginas, que olha para o clã Kennedy através de sua faceta religiosa, deve ser publicado no próximo mês.
Jacqueline Kennedy fez confidências ao padre McSorley durante lições de tênis dadas pelo padre e arranjadas por seu cunhado, Robert Kennedy, que achou que ela poderia precisar de aconselhamento.
Em seu primeiro encontro com o padre, na propriedade de Robert Kennedy em Virgínia, McSorley disse a Maier que ela expressou remorsos por não ter sido capaz de salvar seu marido.
No dia seguinte ela compartilhou seus pensamentos de suicídio, imaginando se seus filhos sairiam beneficiados disso.
"As crianças ficariam melhor de qualquer maneira", ela disse a ele. "Eu não faço bem a elas. Estou sangrando tanto internamente".
Jacqueline Kennedy entrou em depressão poucas semanas depois, antes do que teria sido o aniversário de 47 anos de seu marido, e outra vez levantou a hipótese de suicídio, dizendo ao padre que ela ficaria contente se sua morte provocasse "uma onda de suicídios, porque ficava contente em ver as pessoas se livrarem de suas misérias".
McSorley disse que ela falou de outros suicídios. "Eu fiquei contente porque Marilyn Monroe escapou de sua miséria," ela teria dito a ele.
Isso parece tê-lo perturbado. "Ontem ela me assustou e me fez achar que ela realmente estava pensando em se matar", ele escreveu em suas notas.
Maier entrevistou McSorley, que morreu no ano passado, e também teve acesso a seu diário de conversas com Jackie e a cartas da ex-primeira-dama.
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