A Coréia do Norte realizou na terça-feira um grande desfile para marcar seu 55o. aniversário e voltou a ameaçar que vai aumentar seu arsenal nuclear. Mas, apesar das especulações, o país acabou não mostrando seu suposto novo míssil de longo alcance.
Milhares de soldados marcharam pela Praça Kim Il-sung, em Pyongyang, mas diplomatas disseram que não foram exibidos aparelhos militares.
A República Democrática Popular da Coréia (DPRK, como é conhecida) foi proclamada em 9 de setembro de 1948, época em que a Guerra Fria dividiu a península entre comunistas e capitalistas.
"A Coréia do Norte continuará ampliando sua força nuclear como meio de autodefesa, a fim de defender a soberania do país, à medida que os Estados Unidos ainda não mostraram seu desejo de abandonar sua política hostil", declarou o general Kim Yong-chun, comandante do Exército, em discurso transmitido pela televisão.
Analistas de defesa e a imprensa sul-coreana haviam alertado que a Coréia do Norte poderia exibir um novo míssil no desfile, como gesto de desafio a Washington.
Mas o evento de duas horas foi menos dramático que o imaginado.
"Não apareceram novos mísseis nem equipamento (militar), somente soldados", contou um diplomata ocidental em Pyongyang. Ele falou com a Reuters por telefone de Pequim e disse ainda que o evento "foi bem normal, uma parada comum".
A televisão norte-coreana mostrou trechos do desfile. O líder norte-coreano, Kim Jong-il foi visto de óculos escuros vistoriando milhares de soldados.
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