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Em uma ação conjunta inédita, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical lançaram ontem a Campanha Salarial Unificada Nacional das categorias com data-base no segundo semestre. A campanha une seis milhões de bancários, comerciários, petroleiros, químicos, joalheiros e têxteis, entre outros, que reivindicam reajuste salarial de 20%, redução da jornada de trabalho em 10% - passando para 40 horas semanais – participação nos lucros da empresas e correção anual na tabela do Imposto de Renda.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a aproximação da CUT e da Força Sindical é histórica, já que nunca houve negociação conjunta entre seus trabalhadores. “Essa união se deve à crise econômica pela qual o país passa e ao nosso amadurecimento. Conseguimos chegar a esse ponto depois de muitas conversas. Desta vez algum setor nosso já vai conseguir negociar em bancada unificada”, afirmou.
Segundo Paulinho, o objetivo da unificação das duas centrais é estabelecer um compromisso para o futuro. “Neste momento temos que superar as questões de divergência e cuidar dos interesses do trabalhador. Obtendo conquistas para uma categoria, podemos influenciar as outras”, disse.
A campanha não quer dizer que a partir de agora exista uma única central sindical. “Vamos com calma, ainda é cedo para pensar nisso”, disse o presidente da CUT, Luiz Marinho, salientando que a união, neste momento, das duas forças sindicais, acontece porque ambas estão buscando os mesmo objetivos. “Neste caso estamos juntos com a Força Sindical porque eles também estão presentes nessas categorias que têm campanha no segundo semestre. Se outras centrais estivessem presentes nós as estaríamos trazendo para a unificação”, explicou Marinho.
As reivindicações serão discutidas com os trabalhadores em assembléia no próximo dia 27, e a pauta será entregue à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no dia 29.
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