|
Do êxtase à decepção. É assim que se pode resumir a passagem de três dias da seleção brasileira por Manaus e o comportamento da torcida na vitória do Brasil por 1 x 0 sobre o Equador, na quarta-feira.
A torcida amazonense repetiu a dose de segunda e terça-feiras, quando os treinos da seleção contaram com um público de 15 mil e 30 mil pessoas no estádio Vivaldo Lima.
No entanto, o magro placar da partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo não satisfez totalmente os torcedores que lotaram o Vivaldão, e em alguns momentos eles chegaram a vaiar a seleção em sua quarta passagem pela cidade.
A reação da torcida, porém, não abalou o técnico Carlos Alberto Parreira, que fez questão de destacar que, com a liderança isolada na competição, o Brasil conseguiu o que queria.
"Eu quase não ouvi vaias. Acho que tivemos uma atuação boa. Não foi brilhante, mas foi boa", disse ele após a partida.
"O Brasil conseguiu seu objetivo, que era começar bem as eliminatórias. Esse era o ponto principal", completou. Poucas horas antes da partida, o Vivaldão já estava lotado e, pintado de verde e amarelo, a torcida se aquecia antes do início do jogo fazendo olas.
Animado com o calor vindo das arquibancadas, o Brasil começou bem o jogo marcando a saída de bola do Equador e criando boas jogadas. Os torcedores ajudavam dando uma sonora vaia a cada posse de bola da equipe equatoriana e chegaram ao ápice com o gol de Ronaldinho Gaúcho aos 13 minutos do primeiro tempo.
No segundo tempo, a seleção diminuiu o ritmo levando as arquibancadas pelo mesmo caminho. Mas em alguns momentos a frieza se transformou em impaciência e chegaram às vaias quando os jogadores exageravam na falta de objetividade.
"Hoje o toque de bola não tinha jeito. Tinha que tocar mesmo", disse Parreira, citando o forte calor em Manaus e o fato de a maioria dos jogadores estarem em início de campeonato pelos seus clubes como razões para que o time se poupasse em campo.
Rivaldo voltou a ser criticado por parte da torcida, que esperava mais do jogador do Milan.
"Eu acho que a seleção ainda precisa da experiência do Rivaldo", defendeu o treinador.
|
