A América Latina está mostrando sinais de uma frágil recuperação, após vários anos de turbulência econômica e recessão, disse nesta quinta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Uma recuperação parece estar surgindo na maior parte da América Latina, embora o crescimento seja bastante diferente ao longo da região e as incertezas políticas continuam a pesar fortemente em alguns casos", afirmou o FMI. "A recuperação, entretanto, continua frágil."
No Brasil, o fraco crescimento ainda ronda a maior economia da América Latina, com a queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre e a demanda doméstica ainda tendo que se recuperar, acrescentou o FMI em seu relatório Perspectivas Econômicas Mundiais.
O organismo prevê um crescimento econômico brasileiro em 2003 de 1,5 por cento, acelerando para 3 por cento no próximo ano.
Os economistas brasileiros são menos otimistas para 2003. Uma pesquisa do Banco Central com instituições financeiras mostrou esta semana que o mercado voltou a reduzir sua projeção para o PIB deste ano, para 0,94 por cento.
Já para o próximo ano, as instituições também esperam um crescimento econômico de 3 por cento.
Segundo o Fundo, o progresso na política econômica ajudou a fortalecer a confiança no país, mas a questão fiscal continua sendo essencial.
"A disciplina fiscal continua essencial para ajudar a confiança, especialmente a manutenção da meta de 4,25 por cento do PIB do superávit primário este ano e a médio prazo."
O Fundo estimou que na Argentina a economia deve expandir-se 5,5 por cento este ano e 4 por cento em 2004, após contrair-se 10,9 por cento em 2002.
O México deve crescer 1,5 por cento este ano e 3,5 por cento no próximo. O PIB do Chile deve atingir 3,3 por cento em 2003 e 4,5 por cento em 2004, previu o Fundo.
A economia da Venezuela --que ainda está recuperando-se da greve petrolífera que ocorreu no início do ano-- deverá retrair-se 16,7 por cento este ano, mas crescer 7,7 por cento em 2004.
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