Câmara deve receber em outubro proposta de reforma sindical

 

Nacional - 19/09/2003 - 09:29:07

 

Câmara deve receber em outubro proposta de reforma sindical

 

Da Redação com Abr

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Encerradas as discussões sobre as reformas da Previdência e Tributária ainda neste mês, a Câmara dos Deputados receberá, em outubro, uma nova reforma para debater. O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, avaliou ontem (18), em seminário do PT sobre as reformas, que as mudanças para a legislação sindical devem ser encaminhadas ao Congresso Nacional até outubro. "Acho que até o final de outubro dá para enviar a proposta", disse. A previsão vai contra as especulações de que as reformas previdenciária e tributária seriam as únicas que poderiam ser analisadas até 2005. As críticas eram baseadas no fato de 2004 ser ano eleitoral e o parlamento ficar esvaziado por causa do grande número de candidaturas para prefeito. Com isso, a discussão sobre as reformas sindical e trabalhista teria que esperar por mais um ano para ser iniciada. No entanto, a avaliação do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, é de que os meses que antecedem as eleições de 2004 são suficientes para votar a reforma sindical nas duas Casas do Congresso Nacional. "Dá para votar, dá para votar até o final do primeiro semestre. Aí a reforma trabalhista pode vir em 2005", disse Marinho. A CUT defende que as reformas sindical e trabalhista sejam discutidas em momentos diferentes. "Não dá para falar em reforma trabalhista sem uma nova estrutura sindical. Uma coisa depende da outra, não dá para fazer tudo junto", disse. A discussão no seminário "O PT e as Reformas", no entanto, não foi somente sobre os parâmetros das duas reformas, como teoricamente propunha o encontro. O próprio presidente Genoíno reconheceu que um dos objetivos é afinar o discurso dos petistas para evitar que, na tramitação das duas novas reformas, haja tanta dificuldade em selar o apoio interno do partido, como foi o caso da reforma da Previdência. "Queremos diminuir os ruídos, pautar as divergências e construir um consenso. Afinal, já temos experiência acumulada da reforma da Previdência", afirmou. Além de buscar um discurso sem ruídos, o seminário serviu também para que o ministro Wagner cobrasse dos militantes do PT uma postura de negociação efetiva nas duas reformas. Segundo Wagner, ao contrário das reformas em tramitação no Congresso, nas quais havia uma proposta do governo a ser debatida com a sociedade, nas reformas sindical e trabalhista "não há proposta de governo fechada" e o texto final deverá sair das sugestões dos próprios trabalhadores. Wagner ainda fez um alerta aos sindicalistas quanto ao risco de acomodação com o fato de o presidente Lula ter sido um deles. "Antes éramos uma minoria e o governo tinha um projeto neoliberal. Hoje continuamos minoria, mas estamos num governo que tem um plano de inclusão social. Só que a disputa continua, não é porque o governo agora é diferente que não há disputa", acrescentou.

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