Com certeza quem gosta de vinho, em especial dos vinhos portugueses, já deve ter experimentado algum da região do Tejo, principalmente quem busca conhecer mais sobre vinícolas, castas, regiões e produtores, assunto que o consumidor brasileiro mostra interesse cada vez mais, tanto que a Comissão Vitivinícola da Região do Tejo (CVR Tejo) promoveu várias ações esse ano no Brasil, de formação e muita degustação de vinho do Tejo para profissionais da área e consumidor final, incluindo um Seminário e participação em feiras do setor. Provas de vinhos de várias vinícolas da região. Ações que instigam o turista a conhecer mais sobre o destino do qual o vinho é produzido. E o Tejo é o destino perfeito para essa experiência e tem várias atrações para o enoturismo. Confira:
História
O rio Tejo que dá nome à região, o rio mais longo da Península Ibérica, situado no centro de Portugal. Além de ser uma das mais importantes belezas naturais da região, o rio Tejo contribui de forma decisiva para o terroir e influenciador do perfil dos vinhos por lá produzidos. O rio Tejo influencia até mesmo na gastronomia local, rica de pratos preparados com lampreia e sável (uma espécie de peixe), além de receitas com carne de cabrito.
Culinária que acompanha bem os vinhos produzidos da região, tanto que o Tejo está ligado à produção de vinhos desde 2000 a.C. e que atualmente conta com a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo. E é uma das principais regiões vitivinícolas de Portugal e que felizmente dispõe de uma infinidade de rótulos no mercado brasileiro.
A maioria das vinícolas do Tejo promovem o enoturismo ou seja, abrem para a visitação e provas, caso da Quinta Monteiro de Matos, em Santarém, a Quinta do Casal Branco, em Almeirim, a Quinta Casal das Freiras, Madalena, entre outras. Em algumas é possível participar da vindima, pisa de uvas com os pés e colheita de azeitona (as que produzem azeite). Há também passeios a cavalo, de charrete nas vinhas e festivais musicais, piquenique à beira-rio, hospedagem e restaurantes.
Terra de Mosteiros, cidades, vilas e quintas pertencentes a aristocratas, o Tejo já foi estância de férias e de temporadas de caça. Aliás, a região ainda hoje se rege pela tradição da criação do cavalo Puro Sangue Lusitano. O Convento de Cristo de Tomar ou o estilo gótico predominante em Santarém, que tornam esta cidade num museu a céu aberto, são só dois dos seus atrativos patrimoniais. Para os amantes da natureza, esta é outra região a visitar, podendo o viajante optar por observação de aves e atividades outdoor ou iniciativas ligadas à vinha e ao vinho.
Outro motivo de visita são as impressionantes salinas de Rio Maior, em plena macrozona do Bairro, em funcionamento desde 1177. Nesta zona a água do sub-solo fica 7 vezes mais concentrada que a água do mar, sob uma jazida gigantesca de sal-gema. Os vinhos que nascem neste terroir expressam um Tejo totalmente diferente e único marcado pelo frescor salgado e atlântico. É também no Tejo que se encontra uma das mais dramáticas e lindas vinhas de Portugal: a Vinha do Convento da Serra, impressionando por estar plantada em solo de calhau rolado, com uma cobertura de 4 metros de profundidade, acumulados ali pelo rio há cerca milhares de anos. No Campo estão as famosas Lezírias, terras mais férteis que se concentram em torno do leito do rio.
Para conhecer mais sobre o enoturismo da região, visitas à vinícolas, restaurantes e passeios, acesse: CVRTejo - Vinhos do Tejo
COMISSÃO VITIVINÍCOLA REGIONAL DO TEJO (CVR TEJO)
Com mais de 80 associados, a CVR Tejo, que tem como atual presidente Luís de Castro, foi criada a 24 de novembro de 2008. É uma associação interprofissional que representa a produção e o comércio do sector vitivinícola da região. A sua competência consiste em controlar o cumprimento das regras e a certificação dos vinhos brancos, roses, tintos, espumantes, licorosos e vinagres produzidos na região com direito a Denominação de Origem do Tejo (DO Tejo) e a Indicação Geográfica Tejo (IG Tejo). Todos os vinhos certificados pela CVR Tejo têm o selo de garantia ‘Tejo’ no rótulo. Tem como missão apoiar os produtores a aumentar a sua presença nos mercados estratégicos, como o Brasil, levando vinhos empolgantes e estilos diferenciados oferecendo ao consumidor, contínua e consistentemente, qualidade a bom preço.