Para Lula, decisão sobre acordo com FMI será política

 

Nacional - 25/09/2003 - 23:39:34

 

Para Lula, decisão sobre acordo com FMI será política

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que não vê necessidade para um novo acordo do país com o FMI e que a determinação do nível de superávit primário é prerrogativa do Brasil e não do Fundo. A decisão sobre um eventual acordo, porém, será "política". "Não é necessário o Brasil fazer acordo com o FMI. É uma decisão política que vamos tomar no momento certo", disse Lula a jornalistas na residência do embaixador brasileiro nas Nações Unidas, em Nova York. O presidente disse ainda que o Brasil só vai fechar um novo acordo se houver alguma vantagem para o país. "Estamos tranqüilos, não estamos com nenhum sufoco. O Brasil está muito a cavaleiro para dizer ao FMI que não queremos acordo, que não vamos renovar e acabou." (A expressão "a cavaleiro" significa estar "à vontade".) O Brasil está discutindo com o Fundo a inclusão de cláusulas sociais no acordo, que vence no final deste ano. O presidente afirmou que na próxima segunda-feira vai discutir com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, o tipo de vantagens que o Brasil teria em um novo acordo. O ministro esteve em Dubai, no encontro do FMI, quando discutiu a questão com os dirigentes do Fundo. O presidente foi firme ao afirmar, ainda, que cabe ao Brasil determinar o superávit primário (economia que o país faz para pagar juros). "Não foi o FMI que determinou o superávit primário que está na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Esse superávit que nós colocamos é uma decisão do governo. O superávit não tem nada a ver com o acordo. É um problema nosso. Esqueçam isso. O superávit não depende de acordo com o FMI." Perguntado se acredita que a não renovação do acordo agradaria a seus eleitores, Lula disse apenas: "Não estou disputando eleição nenhuma. Sou presidente do Brasil." O presidente chegou no domingo a Nova York, onde participou da abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas na terça-feira e está mantendo contatos bilaterais com governantes de vários países. Na quinta-feira vai ao México e na sexta-feira a Cuba.

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