A Justiça de São Paulo mantém a decisão de levar os acusados pelo assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen a júri popular. A filha do casal, Suzane, o então namorado dela, Daniel Cravinhos de Paula e Silva, e o irmão dele, Cristian, foram pronunciados em março.
Os advogados de defesa dos acusados entraram com recurso no TJ (Tribunal de Justiça) do Estado para tentar retirar as qualificadoras do crime. Os três são acusados de duplo homicídio qualificado pelo motivo torpe e meio cruel.
O julgamento do recurso começou ontem, mas um dos desembargadores pediu vistas do processo e a decisão final deverá ser anunciada na próxima quinta-feira. A decisão de mandar Suzane e os irmãos a júri, porém, já foi definida por maioria dos votos.
De acordo com o TJ, o relator do processo, desembargador Barbosa Pereira, manteve a sentença de pronúncia. Seu voto foi acompanhado pelo desembargador Gomes de Amorim. O desembargador Damião Kogan, no entanto, pediu vistas dos autos.
A defesa dos acusados ainda poderá recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), em Brasília. Ainda não há data definida para o julgamento.
O casal Manfred e Marísia foi assassinado em 31 de outubro do ano passado, no Brooklin, zona sul de São Paulo. Os três acusados, presos desde o dia 8 de novembro, confessaram participação no crime.
Manfred e Marísia foram surpreendidos enquanto dormiam. Foram golpeados com bastões ainda na cama.
A motivação para o crime seria a proibição do namoro de Suzane e Daniel e a consequente herança deixada pelo casal. Suzane afirmou que planejou a morte dos pais "por amor" ao namorado.
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