Os Estados Unidos enfrentam uma batalha difícil nesta semana, quando tentam obter votos suficientes na Organização das Nações Unidas (ONU) para aprovar uma resolução sobre o Iraque criticada pelo secretário-geral da entidade, Kofi Annan.
Os EUA esperam, com a medida, convencer mais países da comunidade internacional a contribuir com armas e soldados para a ocupação e reconstrução do Iraque.
Apesar dos comentários otimistas feitos por autoridades norte-americanas, os países-membros do Conselho de Segurança da ONU dizem que a rejeição de Annan aos planos dos EUA interrompeu os progressos rumo à aprovação de uma resolução, que deve agora ser discutida novamente, na segunda-feira.
O secretário-geral disse aos embaixadores do Conselho de Segurança na quinta-feira não desejar arriscar mais vidas de funcionários da ONU em troca de um papel secundário para a entidade no Iraque.
No dia 19 de agosto, um atentado contra a sede da organização em Bagdá matou vários funcionários, entre os quais o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, chefe da missão no país árabe.
Em xeque estão os planos dos EUA de entregar o controle do Iraque aos iraquianos apenas depois de aprovada uma nova Constituição e de realizadas eleições, o que levaria de um a dois anos para acontecer.
Annan prefere uma transferência imediata do controle do país a um governo interino, proposta defendida também pela França e pela Alemanha.
Segundo diplomatas, as declarações do chefe da ONU reverberaram junto a países indecisos, dificultando a aprovação da proposta norte-americana no Conselho de Segurança.
A medida precisa de 9 dos 15 votos do órgão para ser aprovada.
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