ONU divide-se sobre condenação de ataque israelense à Síria

 

Internacional - 09/10/2003 - 07:18:02

 

ONU divide-se sobre condenação de ataque israelense à Síria

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Os esforços da Síria para ver aprovada, na Organização das Nações Unidas (ONU), uma resolução condenando o ataque israelense contra seu território continuavam sem avançar na quarta-feira enquanto o governo sírio tentava conquistar o apoio de alguns países europeus. Todos os quatro membros da União Européia (UE) que integram atualmente o Conselho de Segurança (França, Grã-Bretanha, Espanha e Alemanha) deram a entender que o projeto de resolução da Síria precisa ser mais equilibrado para contar com o apoio deles. Mas, enquanto a Grã-Bretanha insistia, junto com os EUA, que a resolução condenasse também o atentado suicida de sábado em Haifa (Israel), a França exigia menos, disseram diplomatas. A Espanha e a Alemanha também se mostraram menos explícitas do que os britânicos em sua defesa de um texto mais equilibrado. O embaixador sírio na ONU, Fayssal Mekdad, disse na quarta-feira que seu governo, que ainda não conseguiu os nove votos mínimos para ver aprovado o projeto de resolução, estudava suas opções. No entanto, em declarações dadas a embaixadores árabes durante um encontro a portas fechadas, Mekdad afirmou que podia aceitar a proposta da França, mas não a da Grã-Bretanha. Questionado sobre o comentário, o embaixador disse que a inserção de uma referência ao atentado de Haifa na resolução era "algo impossível de ser aceito". Um enviado da UE, reconhecendo a divisão dentro do bloco, afirmou que os governos dos quatro países europeus estavam realizando consultas mútuas na quarta-feira em busca de uma posição comum. Mas isso não seria fácil de se atingir, acrescentou. A Síria pode agora desistir da resolução, tentar elaborar um texto que agrade a um número maior de integrantes do Conselho de Segurança ou submeter o projeto a votação sabendo que será derrotada, disseram diplomatas. De toda forma, mesmo que consiga os nove votos mínimos, a Síria deve ver seu projeto vetado pelos EUA, que disseram não poder aceitar uma resolução que não condene o atentado em Haifa e os grupos palestinos responsáveis por ações suicidas em Israel.

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