O líder do Haiti, Ariel Henry, anunciou sua decisão de deixar o cargo assim que o conselho de transição nacional estiver formado.
Henry afirmou que o governo sob sua liderança não pode ignorar este cenário. Ele ressaltou que não há desafio maior em nossa nação.
Gostaria de expressar minha gratidão ao povo haitiano por me proporcionar a chance de atuar com retidão, inteligência e sinceridade.
Henry afirmou que deixará o cargo depois de solucionar os assuntos pendentes.
Henry solicitou: "As diversas áreas da sociedade terão um prazo de 24 horas para designar um membro para o conselho de transição.".
Denunciou que a crescente onda de violência no Haiti há quase dois meses tem impactado severamente a comunidade, com registros de homicídios, agressões, roubos e vandalismo em prédios públicos e privados.
De acordo com suas palavras, o país haitiano carece de tranquilidade, equilíbrio e crescimento duradouro.
Recentemente, o presidente da Guiana e líder atual da Comunidade do Caribe (Caricom), Mohamed Irfaan Ali, anunciou que o comitê de transição será formado por sete integrantes com direito a voto, de diferentes setores da sociedade, como partidos políticos, além de dois observadores sem direito a voto: um representante da sociedade civil e outro da comunidade inter-religiosa.
Ele declarou que o comitê não contará com indivíduos com histórico criminal, sob sanções da ONU, que se oponham às resoluções do Conselho de Segurança, ou que planejem impugnar a próxima eleição.
Os países do Caribe promoveram uma reunião de urgência na Jamaica, por meio da organização Caricom, com a participação de representantes da ONU e de diversas nações, como França e Estados Unidos, com o objetivo de buscar alternativas para ajudar o Haiti.
O índice de criminalidade elevou-se após a divulgação de que Henry, que estava programado para sair do cargo em 7 de fevereiro, com base no acordo de 2022, concordou em promover as eleições no Haiti somente até 2025.