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Um projeto de lei do Executivo, aprovado pela Câmara de São Bernardo no dia 8 de outubro, prevê que indústrias não-poluentes, shopping centers, depósitos, armazéns e supermercados se instalem em determinadas áreas da bacia da represa Billings. A idéia é integrar a atual legislação de uso do solo municipal à estadual, que é mais flexível quanto à preservação de mananciais.
Diferente do que se possa pensar, à primeira vista, o projeto continua assegurando a proteção ambiental e os recursos hídricos da região. Isso porque, as instalações só poderão ocupar até 60% do terreno, mediante autorização da Prefeitura, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e do Ibama. Além disso, a Zona de Preservação Ecológica permanecerá destinada somente ao turismo, lazer, recreação e promoção de desenvolvimento sustentado.
Segundo Hermes Soncini, secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, o fato de possuir 70% do território com áreas de mananciais impedia que a cidade crescesse e incrementasse sua economia. “Estávamos restritos nestes 30%, que já estão no limite de produtividade”, analisa. “Utilizando o local de forma racional e politicamente correta, vamos promover o desenvolvimento social e abrir novas frentes de trabalho, que só vão acontecer por meio de progresso econômico”.
A proposta também vem ao encontro da futura construção do Rodoanel e do Ferroanel, que juntas devem atrair significativos empreendimentos. Estima-se que 120 mil pessoas vivam na região da bacia da Billings e nas áreas de proteção de manancial.
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