BC vê espaço para continuar reduzindo a taxa de juros

 

Economia - 30/10/2003 - 09:23:06

 

BC vê espaço para continuar reduzindo a taxa de juros

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O Banco Central vê espaço para continuar reduzindo a taxa básica de juros, embora continue monitorando com atenção o processo de recuperação da atividade econômica. Na ata da última reunião que reduziu a taxa Selic em um ponto percentual para 19 por cento ao ano, divulgada nesta quinta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC afirma que os principais impactos sobre a atividade das reduções na taxa de juros básica ocorridas no terceiro trimestre deste ano ainda estão começando a se materializar. O Copom acredita ser importante manter o acompanhamento do processo de retomada da economia para que ela continue a ocorrer de forma balanceada sem a geração de pressões inflacionárias. Mas pondera que "com a consolidação progressiva das perspectivas favoráveis observadas recentemente para a inflação no médio prazo, o Copom avalia que deverá continuar havendo espaço para quedas adicionais da taxa Selic no futuro". Desde junho, tendo a inflação sob controle, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 7,5 pontos percentuais. O corte de outubro, no entanto, foi menor comparado aos dos dois meses anteriores. O comitê manteve sua avaliação de que a aceleração da inflação em setembro correspondeu somente a um repique temporário em função de problemas de entressafra e a reajustes de preços administrados. Mas, considerando que os efeitos da entressafra ainda não se esgotaram, ele avalia que ainda pode haver pressão sobre a inflação no curto prazo. O Copom também afirmou que as projeções para a inflação nos próximos 12 meses e em 2004 se elevaram em relação a setembro. Embora não tenha revelado valores, o comitê disse que as estimativas se mantêm abaixo da meta. Na ata, o comitê mostra otimismo com o cenário para os reajustes salariais, uma preocupação para o Banco Central nas atas anteriores, já que as negociações ocorridas desde então e as perspectivas para os próximos dissídios "sugerem que a recomposição salarial vem se dando em níveis inferiores à inflação acumulada nos 12 meses anteriores, embora acima da inflação projetada para os 12 meses seguintes".

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