A Coréia do Norte disse à China que o impasse com os Estados Unidos sobre armas nucleares aproximava-se de "uma fase imprevisivelmente difícil".
As declarações foram divulgadas no mesmo dia em que meios de comunicação japoneses afirmavam que o governo norte-coreano estaria mostrando-se mais flexível nas negociações.
Em um sinal do grande nível de tensão enfrentado pela região, a Coréia do Sul disse que sua Marinha havia disparado tiros de alerta, na quinta-feira, depois de um barco de patrulha da Coréia do Norte ter atravessado uma linha de fronteira no mar Amarelo.
O presidente do Parlamento norte-coreano, Kim Yong-nam, fez comentários sobre o impasse nuclear quando se encontrou com Wu Bagguo, o segundo homem mais importante do Partido Comunista da China. A reunião aconteceu na quarta-feira.
Kim "notou que a situação na península coreana estava chegando a uma fase imprevisivelmente difícil devido à política hostil e intransigente dos EUA" em relação à Coréia do Norte, disse a agência de notícias norte-coreana KCNA.
Wu, presidente do Parlamento da China e a principal autoridade chinesa a visitar a Coréia do Norte desde a viagem do hoje ex-presidente chinês Jiang Zemin em 2001, pediu uma melhoria das relações na península coreana.
"Ele disse que a China é favorável ao progresso das relações entre o norte e o sul da península coreana e à reunificação pacífica e independente da península", informou a KCNA.
Meios de comunicação japoneses disseram na quinta-feira que a Coréia do Norte não exigia mais dos EUA um tratado de não-agressão e que aceitaria uma carta garantindo sua segurança e assinada pelo presidente norte-americano, George W. Bush.
Bush afirmou neste mês estar disposto a assinar um documento, não um tratado, declarando que não atacará o país asiático se os norte-coreanos se livrarem de seu programa de armas nucleares.
A crise começou um ano atrás, quando os EUA disseram que a Coréia do Norte havia admitido ter uma programa nuclear secreto. O país, junto com o Iraque pré-guerra e o Irã, foi classificado por Bush como parte de um "eixo do mal".
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