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A vice-diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) , Anne Krueger, chega hoje à tarde a Brasília, para discutir, com o ministro Antônio Palocci, da Fazenda, as bases para um novo empréstimo. Ao anunciar ontem que os técnicos do governo e do Fundo “decidiram pela conveniência de um novo programa”, nem
o Ministério da Fazenda nem o chefe da missão do Fundo, Jorge Márquez-Ruarte, deram detalhes do novo programa.
“É muito cedo para conversar sobre isso. Possivelmente amanhã poderemos saber mais”, comentou Ruarte, referindo-se ao valor e à modalidade do empréstimo. O Ministério da Fazenda divulgou uma nota apenas oficializando a decisão de firmar o acordo comunicando a visita da vice-diretora. “As equipes do Ministério da Fazenda e do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluíram ontem da conveniência de se procurar continuar o relacionamento com o FMI no âmbito de um acordo. Em consequência de um convite, agora reiterado pelo ministro Palocci, a senhora Anne Krueger, primeira gerente geral adjunta do Fundo Monetário Internacional, deverá estar em Brasília no dia 5 de novembro.
Nessa oportunidade, o ministro Palocci e a senhora Krueger deverão discutir as bases para negociar esse acordo e seus contornos", diz a nota. Ruarte explicou que somente os diretores do organismo decidem sobre acordos, por isso a presença Anne Krueger. O Secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, um dos negociadores por parte do governo comentou que todos
concordam que um novo empréstimo será importante porque irá ajudar no crescimento do Brasil.
Levy lembrou que o país já tem US$ 30 bilhões emprestados do FMI, depositados nas reservas internacionais. "Nós estamos desenhando o que responde melhor a perspectivas de balanço de
pagamentos e compromissos internacionais do país, que estão avançando de forma positiva", disse.
O que o governo tem dito, até agora, sobre o empréstimo é que ele terá caráter preventivo, com um pequeno valor, e que as cláusulas terão como principal objetivo a promoção do crescimento sustentável. A missão do FMI está no Brasil desde o dia 27 de outubro, para fazer a quinta e última revisão do acordo de US$ 30 bilhões assinado em setembro do ano passado e com validade até dezembro de 2003.
Ruarte já anunciou que vai recomendar à diretoria do Fundo a liberação da última parcela, no valor de US$ 8 bilhões de dólares porque o Brasil cumpriu todos as condições estabelecidas.
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