Em uma mudança de atitude, o administrador norte-americano do Iraque, Paul Bremer, decidiu dar apoio condicional à criação de uma força paramilitar liderada por iraquianos que ajudaria no combate a rebeldes, disse a edição de quarta-feira do The Washington Post.
A matéria do jornal, que citou uma autoridade norte-americana de alto escalão em Bagdá, afirmou que Bremer não se oporia mais "em princípio" à força, mas quer se assegurar que diversas condições sejam impostas na escolha, treinamento e supervisão dos participantes.
O Conselho de Governo Iraquiano, nomeado por Bremer em julho, disse que deseja que a força inclua ex-membros dos serviços de segurança do Iraque e membros de milícias de partidos políticos, segundo o jornal. O Conselho quer ainda que a força contenha uma unidade de coleta de informações de inteligência doméstica e que possua amplos poderes para conduzir batidas e interrogar suspeitos.
"Precisamos de uma força de segurança que seja administrada por iraquianos, que seja mais armada que a polícia e que possa agir rapidamente", disse uma autoridade do Congresso Nacional Iraquiano. De acordo com o Post, o líder do grupo, Ahmed Chalabi, participou de discussões sobre a nova unidade.
Inicialmente, Bremer havia demonstrado resistência à criação de uma força paramilitar sob o controle do ministro do Interior provisório, mas abrandou sua posição à medida que os ataques aumentaram, disse o diário.
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