Começou, nesta quinta feira, o julgamento de quatro ex-ministros da Ruanda. Eles são acusados de participação estratégica no genocídio da minoria tutsi, em 1994, quando estima-se que em três meses, entre 500 mil e um milhão de pessoas foram mortas. No tribunal das Nações Unidas localizado na Tanzânia, eles estão sendo responsabilizados por crimes que vão desde compra e financiamento de armas aos radicais até apoio à escravização de 800 mil pessoas.
A promotoria definiu o papel dos quatro ex-ministros no conflito étnico entre tutsis e hutus, há quase dez anos, como sendo o caminho do inferno.
Os ministros fizeram uma junta de governo para ocuparem o cargo do presidente Juvenal Habiarimana, morto pouco antes do início do massacre. Estão no banco dos réus Casimir Bizi mungu, da Saúde, Jerome Bicamumpaka, da Cooperação, Prosper Mugiraneza, da Casa Civil, e Justin Mugenzi, das Relações Exteriores. Este último, demonstrou publicamente satisfação pelo massacre de tutsis e dos hutus moderados, como é exibido em vídeos feitos à época.
Com agências internacionais
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