O estado de Washigton condenou à prisão perpétua o maior assassino em série, ou serial killer, da história dos Estados Unidos. Ao todo, Gary Leon Ridgways, um pintor de caminhões, matou 48 mulheres ao longo de quase duas décadas. Em seu depoimento à corte de King, um condado próximo a Seattle, ele contou com riqueza de detalhes como executava suas vítimas, a maioria prostitutas. "Matei tanta gente que nem me lembro mais dos rostos", disse.
O assassino confesso comentou que escolhia prostitutas porque achava que tinha chances maiores de não ser descoberto pela polícia. “Elas não são dadas como desaparecidas tão rapidamente, às vezes nunca são procuradas. E também é fácil apanhá-las. Na maioria das vezes, eu já matava no primeiro encontro, e por isso nem sabia seus nomes”, revelou, levando as famílias das vítimas às lágrimas. “Eu odeio prostitutas e não gosto de pagar por sexo. Já tinha a intenção de matar mesmo antes de me encontrar com elas”, afirmou.
Os advogados de defesa conseguiram fazer um acordo com a promotoria: Ridgways deveria ser condenado à morte, mas recebeu pena perpétua. Em troca, vai apontar os lugares onde deixava os corpos, muitos deles nunca encontrados.
Ele contou que sempre deixava os cadáveres agrupados, em algum ponto de referência fácil, onde, de vez em quando, passava dirigindo para se lembrar do seu feito. As vítimas que foram encontradas na época do assassinato haviam sido deixadas por ele às margens de um rio, no aeroporto e em auto-estradas.
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