O Governo brasileiro deverá receber no final de março US$ 505 milhões do Banco Mundial (Bird) para reforçar as reservas internacionais. Segundo dados do Banco Central, as reservas estavam em US$ 38,5 bilhões no último dia 24.
O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Otaviano Canuto, disse que a intenção do Governo é sacar outros US$ 700 milhões que poderão ser disponibilizados pelo banco ainda neste ano.
“É um dinheiro barato e está associado a boas ações. Dá oportunidade ao país de não ter de ir ao mercado em situação de estresse. É uma injeção direta na veia porque não tem contrapartida em gastos que já não estejam programados”, afirmou Canuto.
Os recursos podem ser utilizados para pagamento de dívida externa, por exemplo. Na semana passada, o BC estimou que o Tesouro poderia ir ao mercado comprar US$ 2,2 bilhões para usar no pagamento de parte da dívida externa que vence neste ano.
Como o Governo quer construir indicadores para medir se os programas sociais estão realmente modificando a realidade da população mais pobre, o Bird vai utilizar esses dados quando for analisar novos empréstimos para o país.
O diretor do Bird no Brasil, Vinod Thomas, disse que os recursos deveriam ser usados prioritariamente na reforma do sistema tributário e previdenciário, melhora na composição da dívida pública, aprovação de legislação sobre a independência do Banco Central, início das reformas trabalhistas e num programa florestal.
|