Novartis compra duas concorrentes por 6,35 bilhões de euros

 

Nacional - 22/02/2005 - 11:46:58

 

Novartis compra duas concorrentes por 6,35 bilhões de euros

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Companhia suíça levou a fabricante de genéricos alemã Hexal e sua controlada Eon Labs

Companhia suíça levou a fabricante de genéricos alemã Hexal e sua controlada Eon Labs

A farmacêutica Novartis, empresa farmacêutica, deverá tornar-se a maior fabricante de medicamentos genéricos depois da aquisição, ontem, da alemã Hexal e de sua sócia dos EUA, em uma transação avaliada em 6,35 bilhões de euros (US$ 8,3 bilhões). Em uma operação distribuída em duas partes, a Novartis pagará 5,65 bilhões de euros pela totalidade da empresa privada Hexal e 67,7% da sua aliada estratégica, a Eon Labs, negociada na Nasdaq. Além disso, a Novartis lançará uma oferta pública para a compra das ações da Eon Labs a US$ 31 a ação, ou cerca de US$ 1 bilhão, num ágio de 25% sobre o preço especulativo anterior à compra, de US$ 24,75% a ação. Os acordos em dinheiro serão realizados por intermédio da Sandoz, a subsidiária de medicamentos genéricos da Novartis. Estima-se que a empresa unida irá gerar sinergias de custo de US$ 200 milhões ao ano em três anos. Bem Yeoh, analista do ABN Amro, em Londres, afirmou que o negócio parecia caro, considerando uma base de múltiplo de vendas, porém a Novartis argumentou que deve ser julgada com base nos lucros antes de juros, impostos e depreciação após as sinergias. A nova empresa será a primeira ou segunda maior nos principais mercados, incluindo os EUA e a Alemanha. Mais importante ainda, ela também terá uma presença significativa na Índia, China e América Latina. A Sandoz detém uma ampla presença geográfica e experiência em tratamentos antiinfecciosos, enquanto a Hexal é a líder no mercado alemão. A Eon Labs é forte nos EUA e tem uma reputação em produtos difíceis de fabricar, de acordo com a Novartis. Um número não especificado de postos de trabalho será perdido por meio da fusão, porém a Novartis declarou que isso será atenuado pelo crescimento futuro da Sandoz. A decisão da Hexal, de concordar com o acordo, ocorreu depois de a empresa ter avaliado uma série de opções, incluindo oferta pública inicial de novas ações, fusão e venda. Daniel Vasella, executivo-chefe da Novartis, declarou que a empresa se concentrará na sua unidade de negócios com genéricos, porém não descartou ir às compras caso surja uma oportunidade. Analistas esperavam há algum tempo que Vasella empreendesse uma aquisição de grande porte, porém muitos consideravam a Roche, da qual a Novartis possui uma participação votante de 33%, como o objetivo óbvio para a quarta maior fabricante dos chamados fármacos éticos - medicamentos patenteados com altas margens de lucro. Apesar de ambos os grupos estarem situados na Basiléia, a família que controla a Roche rechaçou firmemente as tentativas de Vasella. A Novartis, que foi formada pela fusão, em 1996, da Ciba com a Sandoz, ambas da Suíça, é singular entre as principais empresas farmacêuticas por ter sua própria subsidiária fabricando genéricos, ou cópias de remédios cujas patentes venceram. A maioria das empresas farmacêuticas de grande porte concentra-se inteiramente nos medicamentos patenteados de altas margens. Em 2003, a Novartis uniu suas atividades com genéricos sob uma marca, ressuscitando o nome Sandoz. O acordo anunciado ontem despertou a atenção sobre outros fabricantes de genéricos. As ações da Stada Arzneimittel, uma farmacêutica alemã de capital aberto, subiram ontem 5,8%, para 24,49 euros. Isabella Zinck, analista do HVB Group, disse que após a conclusão do acordo da Novartis, a Teva Pharmaceutical, a fabricante israelense de genéricos, deverá procurar novos alvos na Alemanha.

Companhia suíça levou a fabricante de genéricos alemã Hexal e sua controlada Eon Labs

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