O papa João Paulo II pode ter escolhido um cardeal "in pectore" para seu sucessor, durante o consistório de 2003, segundo agências de notícias internacionais. A lista dos cardeais que elegerão o sucessor de João Paulo II reúne 117 nomes, mas o Conclave poderá ter mais um prelado se o Papa revelar o nome de um cardeal secreto antes de falecer. Segundo o direito canônico, "o que é promovido da dignidade cardinalícia e de quem o pontífice anunciou sua escolha, mesmo que mantendo seu nome in pectore, não está obrigado a exercer qualquer dos deveres ou goza dos direitos dos cardeais, mas uma vez revelado seu nome pelo pontífice Romano, terá os mesmos deveres e os mesmos direitos" dos demais.
No passado, cardeais "in pectore" foram escolhidos para países comunistas e seus nomes mantidos em segredo para evitar perseguições. O cardeal "in pectore" escolhido em 2003 pode ser um prelado chinês, já que as autoridades de Pequim reprimem o ramo da Igreja Católica chinesa que se mantém fiel ao Vaticano.
Outra versão, rejeitada pela maioria dos especialistas no Vaticano, aponta para o fiel secretário do Papa, o arcebispo polonês Stanislaw Dziwisz. Só podem participar do Conclave cardeais com menos de 80 anos.
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