Equador deverá fortalecer democracia, diz Amorim

 

Internacional - 01/05/2005 - 18:03:22

 

Equador deverá fortalecer democracia, diz Amorim

 

Da Redação com AFP

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, representando a Comunidade Sul-Americana das Nações (CSN), e o secretário-geral interino da Organização dos Estados Americanos (OEA), o americano Luigi Einaudi, disseram, em ocasiões diferentes, que o Equador deve fortalecer seu processo democrático, depois de conversar com representantes de diferentes grupos do país. As missões da OEA e da CSN concluíram hoje uma visita ao Equador, após a qual voltaram a destacar a importância de que o país aumente sua democracia. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, representando a CSN, e o secretário-geral interino da OEA, o americano Luigi Einaudi, disseram, em ocasiões diferentes, que o país deve fortalecer seu processo democrático, depois de conversar com representantes de diferentes grupos do Equador. "Vim ao Equador para ter uma avaliação mais direta da situação, mas, sobretudo, para conversar com os dirigentes políticos e agora que o fizemos, pensamos que o país deve fortalecer sua democracia", declarou Amorim. O diplomata, que se reuniu neste sábado com o embaixador do Peru em Quito, Luis Marchand, destacou que ao terminar a missão da CSN no Equador avaliou que a democracia está muito frágil no país. "E esta fragilidade não é de 20 de abril, mas de muitos anos", observou. Quando questionado se a CSN reconhecia o governo do presidente Alfredo Palacio, Amorim responde que "o Brasil não reconhece governos, mas Estados". Palacio, que era o vice-presidente, assumiu o poder no Equador no último dia 20, depois que o Congresso declarou vago o cargo de Presidente da República e cancelou o mandato de Lucio Gutiérrez. Amorim explicou que, depois de escutar representantes de diferentes setores do país, está plenamente convencido de que o Equador poderá superar a atual crise institucional com o apoio internacional. "Tivemos diálogos muito importantes, densos, difíceis de serem resumidos em poucas palavras, mas podemos dizer que aprendemos muito sobre a situação jurídicas do Equador", acrescentou o diplomata. O chanceler afirmou que algumas das idéias discutidas com os diferentes setores favoráveis e contrários ao novo governo foram aceitas e disse que informará aos demais ministros da Comunidade sobre a situação. "O que posso lhes dizer é que nossa disposição é de continuar dialogando", concluiu. Antes de voltar para o Brasil, Amorim visitou o prefeito de Puerto de Guayaquil (sudoeste), Jaime Nebot, do Partido Social Cristão (PSC), que já foi candidato à Presidência duas vezes. "Temos que atuar como coadjuvantes do processo de fortalecimento da institucionalidade democrática no Equador", disse o chanceler da Bolívia, Juan Ignacio Siles, que também fez parte da missão da CSN, antes de viajar a Washington na sexta-feira à noite. Siles anunciou em Quito que a Bolívia não apóia o consenso para eleger o chileno José Miguel Insulza como secretário da OEA. A missão da OEA voltou a Washington depois de permanecer três dias em Quito, segundo a imprensa, que informa que Einaudi garantiu que seu relatório ao Comitê Permanente conterá as visões de todos os setores entrevistados. "É possível que a OEA decida acompanhar o Equador no processo de fortalecimento da democracia", disse Einaudi. O peruano Alberto Borea, presidente do Conselho Permanente da OEA, também admitiu que observou entre a maioria dos equatorianos uma grande vontade de fortalecer o Estado de direito no país. "Faremos um esforço para apoiar e ajudar o Equador a construir uma democracia mais sólida", afirmou Borea antes de retornar a Washington.

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