Um projeto de lei que impede a distribuição gratuita da pílula do dia seguinte serviu para fazer de São José dos Campos, no interior de São Paulo, a única cidade do país que não fornece gratuitamente o medicamento na rede pública de saúde.
Segundo reportagem publicada na edição deste domingo do jornal O Estado de S. Paulo, a polêmica começou em março, quando o vereador Lino Bispo (PHS), da bancada católica, apresentou um projeto de lei proibindo a distribuição, com o argumento defendido pela Igreja de que o remédio é abortivo.
Depois de aprovado, o projeto seguiu para a sanção do prefeito Eduardo Cury, do PSDB, que vetou o projeto. A Igreja fez abaixo-assinados nas missas para que os vereadores derrubassem a decisão do prefeito
Na última quinta-feira, em uma sessão tumultuada, a distribuição do remédio na rede pública foi novamente barrada. O autor do projeto comemorou, dizendo que a decisão significou "a vitória da vida".
"O governo federal está equivocado nesta política de saúde", afirmou Bispo, que predente propor a proibição nacional da pílula.
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