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O consultor de gestão Arlindo Gerardo Molina Gonçalves, desmentiu nesta sexta-feira as afirmações do deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (foto), de que Molina teria tentado achacá-lo. Figura chave no escândalo envolvendo os Correios, Molina foi ainda mais longe e garantiu conhecer o parlamentar há mais de 20 anos, e não somente após um recente jantar em Belém. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, Molina revelou que há dois anos freqüentava o gabinete de Jefferson em Brasília e, em abril passado, marcou um encontro com o petebista por telefone para o dia 3 de maio. O consultor disse que pode provar o fato, caso seja autorizada a quebra de seu sigilo telefônico.
Molina disse que seu vínculo com Jefferson se estreitou há dois anos, quando ele começou a prestar assessoria para a Prefeitura de Belém, governada pelo petebista Duciomar Costa. A aproximação teria sido possível porque o filho de Jefferson, Roberto Filho, também foi trabalhar para a admistração municipal da capital paraense.
Segundo Arilindo Molina, o encontro com Jefferson tratou de questões de Belém. No fim da reunião, ele teria alertado o deputado sobre boatos de que uma "bomba atômica" estava prestes a estourar nos Correios, se referindo à gravação na qual o diretor de Contratações dos Correios, Maurício Marinho, aparecia pedindo dinheiro em nome de Jefferson, o qual teria demonstrado surpresa com a revelação. Porém teria dito, ainda, que "muita gente pode falar que pega dinheiro" em seu nome, e ele não poderia fazer nada a respeito. O encontro teria sido cordial, diferentemente do alardeado por Roberto Jefferson.
Molina confirmou que houve um terceiro participante da reunião, mas essa pessoa não seria o ex-capitão da Polícia Militar mineira José Santos Fortuna Neves, o "coronel Fortuna", acusado de ter integrado o Serviço Nacional de Informações (SNI).
Na versão de Jefferson, o jantar em Belém se deu a pedido do filho, o qual teria pedido que ele conversasse com Molina. No encontro, Molina teria afirmado que representava um grupo de empresas ligadas ao "coronel Fortuna" e teria reclamado de uma diretoria dos Correios administrada pelo PTB
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