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A DNA Propaganda, agência de que o empresário Marcos Valério é sócio, encaminhou requerimento à Procuradoria da República em Minas Gerais solicitando que o Ministério Público Federal peça a prisão de Ricardo Guimarães e Sebastião Reis Ribeiro da Silva. Eles são, respectivamente, presidente do BMG e advogado-chefe do departamento jurídico do banco. A alegação da agência é que eles descumpriram determinação da Justiça de transferir para a Caixa Econômica Federal cerca de R$ 10 milhões aplicados em Certificado de Depósito Bancário (CDB) naquela instituição, informou o jornal Folha de S.Paulo.
Quando o publicitário citou que os recursos movimentados por ele em dinheiro eram para comprar fazendas, levantou-se a suspeita de que poderiam ser só de "papel" as terras dadas pela DNA como garantias de dívidas no valor de R$ 9 milhões com o INSS.
O órgão público pediu na Justiça a substituição das fazendas e, a partir daí, começaram uma sucessão de pedidos de penhoras e bloqueios e novas ofertas de garantia. Para desbloquear suas contas, a DNA primeiro ofereceu o bloqueio de 5% da comissão a que tem direito. A Justiça Federal negou. A DNA ofereceu, então, a aplicação em CDB no BMG, segundo Edmar Cardoso, advogado da agência publicitária.
Raphael Miranda, advogado do BMG, porém, rebateu e atacou a agência, afirmando que a medida "não tem fundamento" e que a DNA "quer criar notícia e constranger os dirigentes" do banco.
Miranda disse que o banco foi notificado pela Justiça, mas recorreu alegando que a aplicação da DNA foi dada como garantia para os empréstimos que Valério fez naquela instituição, de cerca de R$ 26 milhões (valores originais).
Além dessa disputa, o Banco Rural, outra instituição que fez empréstimos ao PT e a Valério, também recorreu à Justiça para cobrar R$ 56 milhões (atualizados) de Valério e suas empresas. O mesmo fez o banco BMG. E Valério, por sua vez, também foi à Justiça de São Paulo para cobrar os empréstimos que tomou nos bancos e avalizou para o PT.
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