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O empresário Sebastião Augusto Buani, supostamente obrigado a pagar propina ao atual presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), a fim de manter a concessão de um restaurante da Casa e rolar uma dívida, promete apresentar provas materiais e testemunhais da denúncia, publicada neste fim de semana pelas revistas Veja e Época. Nesta semana, ele deve ser convocado a prestar esclarecimentos à Polícia Federal e outras instâncias de investigação. Buani, por meio de seus advogados, garante ter sido coagido a pagar "mensalinho" de R$ 10 mil a Severino e nega a versão do parlamentar, segundo a qual teria sido extorquido por Buani. O caso será investigado pela Polícia Federal, bem como por meio de sindicância interna, solicitada por Cavalcanti, que também requereu apuração ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Falando ao jornal O Estado de S.Paulo, o empresário diz ter procurado Severino em três oportunidades a fim de discutir o parcelamento de uma dívida de aproximadamente R$ 30 mil com a Câmara, a qual teria chegado a R$ cerca de R$ 100 mil na última ocasião na qual tentou negociá-la na Câmara. Buani afirma que, nessa oportunidade, procurou diretamente Departamento Jurídico da Casa, alegando dificuldades em conversar com Cavalcanti. Então, disse, recebeu o ultimato: teria desconto de R$ 30 mil, mas seria obrigado a quitar o restante, sob pena de ter o contrato rescindido.
Na reportagem do Estadão, Sebastião Buani não esclarece em que momento Severino teria pedido a alegada propina, mas insiste que não foi o autor da denúncia contra o presidente. Ele a atribui a um funcionário seu.
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