O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalvanti (PP-PE), deverá ser ouvido na próxima semana pela Comissão de Sindicância da Casa sobre as denúncias de que teria recebido propina de um dono de restaurante instalado na Câmara. A investigação foi aberta na Corregedoria a pedido dele. De acordo com o corregedor-geral, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), se for aberto processo no Conselho de Ética contra Severino, como querem partidos da oposição, a investigação na Corregedoria "perde o sentido". Ele afirmou que a Corregedoria interromperá as investigações sobre o suposto recebimento de propinas para facilitar concessão a um empresário. Na terça-feira líderes do PDT, PV, PPS, PSDB e PFL decidiram entrar na próxima semana com uma representação contra o presidente da Câmara por quebra de decoro parlamentar. A revista Veja trouxe na terça-feira um documento no qual Cavalcanti teria assinado a prorrogação do contrato da Casa com a empresa Buani&Paulucci, do empresário Sebastião Buani. Em nota, o presidente negou qualquer envolvimento nesse processo.
O corregedor considera cedo discutir a sucessão de Cavalcanti na presidência da Câmara. "Esse pessoal está brincando, discutir isso nesse momento. Pelo que conheço dessa Casa, quem se colocar como candidato agora à sucessão dele vai ver o que acontece no plenário. Não ganha", afirmou.
Severino Cavalcanti está desde terça-feira em Nova York, nos Estados Unidos participando da 2ª Conferência Mundial de Presidentes de Parlamento, promovida pela União Interparlamentar.
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